quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Dag allemaal!


Ontem foi minha segunda aula do curso de holandês.

Depois de mais de um mês aqui, conseguindo dizer apenas obrigada (eu aprendi a dizer bom dia, boa tarde e boa noite, mas sem muita coragem de me dirigir a um holandês na língua deles), comecei a tentar aprender a me comunicar.

De fato, necessário mesmo não é. Todos os holandeses adultos falam inglês muito bem. Inclusive os mendigos. Uma “homeless” - totalmente maquiada e penteada - nos ouviu, achou que estávamos falando espanhol, conversou com a gente em inglês e ainda se despediu dando “bom dia”. Gente fina é outra coisa. Aqui até mendigo é poliglota.

Mas enfim, senti a necessidade de saber pelo menos a comunicação básica. Conseguir ler os rótulos das coisas que eu compro pra comer, por exemplo. Ou de repente, conseguir pedir a batata frita com maionese, totalmente em holandês. Que maravilha!

E então, eis que eu estou de novo numa sala de aula, aprendendo o verbo To Be (Zijn, na verdade), repetindo o alfabeto e os números junto com a tia. E me esforçando pra falar o rrrrrrrrrr deles, que na verdade tanto pode ser o R mesmo, quanto o G, o H ou o SCH, tendendo ao infinito.

Quem me conhece sabe que o R não é algo muito fácil pra mim. Mas a minha surpresa foi que toda a turma (com gente da Polônia, Inglaterra, Escócia, Irlanda, Egito, Filipinas, Finlândia e os sul-americanos: Brasil, Equador e Argentina), TODA a turma, tira onda do “pigarro” deles. Me senti quase em casa.

A tia fala em holandês a aula quase toda, traduzindo só quando vê que a gente tá com cara de demente sem entender patavina.

Dessa forma, eu agora já sei coisas extremamente importantes numa conversação cotidiana: dizer Bom dia (tarde ou noite), dizer como eu me chamo, de onde eu vim, o dia do meu nascimento e a cidade onde nasci. Também aprendi a me despedir e como dizer “você” da maneira formal e da informal, entre outras tantas coisas que a gente diz sempre que vai fazer compras na feira ou pedir uma cerveja num bar...