Nas cidades maiores, existem redes de cinemas grandes, na maioria Pathé, que se parecem mais com os multiplexes da vida que tem no Recife. Mas eu realmente gosto dessa experiência numa escala mais reduzida. E a gente vai a pé, o que me agrada muito.
Aqui na Holanda, não existe meia-entrada. O ingresso vale 7,50 pra todo mundo e como já é muito acessível pra padrões holandeses, não existe necessidade de desconto. O engraçado é que eles tinham aumentado pra 8,00 e baixaram de novo. Deve haver um padrão nacional, mas nunca pesquisei isso.
Uma coisa de que gosto muito é que você pode comprar cerveja no cinema. E em garrafa. De vidro. E ainda é barato. Quando você sai da sala, eles colocam algumas grades perto da porta onde você coloca as garrafas vazias. Além de cerveja e refri, eles também vendem chá e café (o que eu acho meio estranho. tipo, entrar no cinema com um copo de água quente e um saquinho de chá, mas gosto não se discute etc.).
Mas o que eu mais estranhei no começo foi o fato de que nesses cinemas pequenos, eles sempre fazem uma pausa no meio do filme. Oras, você tem que ir ao banheiro e comprar mais uma cerveja, afinal de contas. Embora muitas vezes a pausa seja feita em horários bastante impróprios (tipo no meio de uma cena de perseguição), já que eles interrompem de acordo com o tempo corrido, sem levar muito em conta a cena que está passando. Agora já me acostumei com a pausa, e até gosto.
É interessante também que a coisa é bem amadora. São poucos funcionários, que se revezam entre vender os bilhetes, checar os bilhetes na entrada, atender na cafeteria e, finalmente, projetar o filme. Então o filme geralmente começa com um pequeno atraso. Ontem, quando voltou da pausa, esqueceram de apagar as luzes!
Enfim, mais uma coisa que vai me fazer falta. Mesmo que as cadeiras não sejam tão confortáveis, e a qualidade de som e imagem fique devendo, ainda é uma experiência muito mais pessoal e interessante.
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