sexta-feira, 28 de março de 2008

Menu de Brebotos - PATAT MET

Batata (aardapel) é o alimento-base da refeição dos holandeses. É o carboidrato deles, o que o arroz é pra nós.
A patat é a batata frita. Nem precisa falar o quanto esse prato é querido no mundo inteiro.

Quem gosta de Pulp Fiction lembra: Vincent Vega (John Travoltaaaaah) falando das coisas estranhas da Europa, daí segue o diálogo (traduzido e com lembranças da cabeça, pessoal...):
- sabe o que os holandeses comem com batata frita?
- o quê?
- maionese.
- eeeeeeeew...
- eu vi, cara. eles afundam as batatas naquela merda.

Pois é. Esse é o breboto típico daqui. A conhecida Patat Met Mayonese, carinhosamente chamada apenas de Patat Met (met quer dizer 'com').
E é assim mesmo: a batata literalmente é afogada pela maionese.
E eu devo afirmar: Vincent Vega VIU, mas não PROVOU.
Se ele tivesse provado, o diálogo seria assim:
- sabe o que os holandeses comem com batata frita?
- o quê?
- maionese.
- eeeeeeeew...
- tá pensando o quê cara? é a melhor batata que já comi na minha vida. com a melhor maionese ÉVA!

É isso pessoal. Não torçam os narizes, não olhem de cara feia. Pode parecer uma combinação estranha, mas é perfeita. A maionese é deliciosa, virei totalmente fã (para desespero meu, com medo de acabar virando uma vaca gorda).
Quando eu voltar pra minha terrinha, já sei que é uma das coisas que vai me fazer mais falta.
Ah! Aquela patat met...

terça-feira, 25 de março de 2008

A primavera chegou

Depois de sofrer com um frio que eu nunca senti igual, me acostumar com ele, ficar feliz com os dias de sol e calorzinho e sentir esperanças de uma primavera de sol e flores, ela chegou, no dia 21 de março, que caiu na sexta-feira santa.

Nos países aqui do norte, a Páscoa é uma tradição mais antiga do que Jesus, que celebra a renovação trazida pela primavera. Depois de passar o inverno “morta”, a natureza renasce, brotos de folhas começam a surgir nas árvores secas e aqui na Holanda já tem flor pra todo lado. A paisagem está bem mais colorida, uma beleza.

Daí, né... eu encarnei essa história de renovação e acreditei que o dia 21 e os dias seguintes seriam de um tempo lindo, que me faria planejar dias de sol na minha varanda até então abandonada, piqueniques em parques e todas essas coisas prosaicas que as pessoas que vivem com 4 estações fazem intensamente nos tempos mais quentes.

Mas o tempo aqui também é engraçadinho.

E acabou que no dia 21 tava com temperaturas negativas e choveu grosso. Resultado: granizo. Mas granizo meeeeeesmo... quase nevou. Depois, abriu um sol de lascar (relativo ao tempo que estava fazendo antes, gente, não a um sol propriamente de lascar).

Desde então tem sido assim: fica frio, chove granizo, abre sol pra tirar onda da sua cara e fica frio de novo. Tem até nevado de noite. Na manhã de ontem, a paisagem estava assim:

Grama cobertinha de neve, que na verdade já estava derretendo por causa do sol que abriu.

Fala sério né... durante o inverno só teve um dia em que ficou tudo branquinho e de resto nadica de nada. Só vi neve uma vez no inverno, por menos de 5min. Agora tá essa palhaçada. Mesmo quando tá fazendo sol, a sensação térmica fica negativa.

Hoje, às 18h05 tava sol e tempo aberto. 50min depois, tava nevando.

O jeito é eu transferir minhas esperanças de um tempo mais firme pra abril, maio, junho... julho e agosto já volta a chover...

quinta-feira, 20 de março de 2008

Lista 01

Coisas que eu gosto: inglês
Como já falei, aqui quase todo mundo sabe falar inglês, habilidade indispensável para um país com tantos imigrantes como esse. E melhor: eles não se incomodam de falar em inglês, caso você não consiga dizer lé com cré na língua deles.
Não sei muito do sistema educacional daqui, aliás, não sei nada. Mas acredito que essa coisa da fluência em inglês é um ponto muito positivo da educação. Praticamente todos os holandeses com quem conversei têm uma fluência absurda (na verdade apenas uma vendedora com quem conversei não tinha), muito maior que a minha. E olhe que eles aprenderam na escola, e eu fiz vááários anos de cursos de inglês, já que na escola mesmo o ensino é uma bela porcaria.
O que é interessante é que, como o aprendizado é na escola, as crianças falam pouco, os adultos falam muito bem. No Brasil é ao contrário, os mais novos é que geralmente são os feras.
Ponto pra educação deles (nesse quesito em especial hein? de resto nem sei), que facilita a minha vida.

Coisas que não gosto: saúde
O sistema de saúde aqui é assim: você se sente mal, ou tem algum problema persistente, sei lá, você marca de ir no huisarts. Essa figura é um médico, tipo clínico geral, que costuma ter seu consultório na própria casa. Só que é o seguinte: eles costumam atender as mesmas famílias sempre e nem todos aceitam novos pacientes. Tipo, você não pode simplesmente ligar pra qualquer médico e marcar de ir lá. Quando chegamos aqui recebemos da universidade uma lista de médicos que aceitam novos pacientes.
Se você tem algum problema grave, aliás, se o huisarts achar que você tem algum problema grave, aí sim ele te encaminha para uma clínica ou hospital.
Então fica combinado: quebrou o braço, teve crise de apendicite, pedras nos rins, nada de ir em emergência 24h. Marca com o huisarts, vai na casa dele ou ele vai na tua (mais caro) e, se ele achar que deve, te manda pro hospital. Prático não?
Daí que o huisarts tem que ter um conhecimento beeeeeem amplo de medicina, já que você não vai a médicos específicos de cara. E se você tem um problema que ele não conhece? Ele joga no Google, ué! Juro!
E aqui eles têm uma cultura de não passar muitos remédios, que acho ter sido uma resposta bem radical aos exageros da hipocondria (presentes em nosso país). Também responderam aos excessos de cesariana deixando a mulher em trabalho de parto até a criança resolver nascer.
E também não têm cultura da prevenção. Eles, práticos como são, descobriram que é mais barato curar um câncer de útero do que gastar com exames preventivos anuais para cada mulher com vida sexual. É melhor remediar do que prevenir.
Mas tipo, sabe que um tumor de câncer pode passar anos dentro de você sem ser percebido? E sabe que se ele não for superficial, que dê pra você sentir sob a pele, você só vai saber da existência dele quando começar a doer, assim, quando o tumor estiver tão grande que vai começar a disputar espaço com seus órgãos?
E se você chega sentindo uma dor e o huisarts diz que é dor de barriga e manda você pra casa descansar?
Essa semana ouvimos a história da esposa de um recifense que mora em Haia (ministro da embaixada, gente). Ela tava bem mal, e o huisarts falou que era gripe e mandou ela repousar. Por insistência do marido, acabou que bem um mês depois, descobriram que era diabetes...
E eu? Rezo (mentira, mas espero muito) pra nunca precisar.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Menu de Cervejas - DUVEL

Antes de mais nada: Duvel quer dizer diabo, coisa-ruim, satã, capeta, capiroto, sete peles, tinhoso, aquele lá de baixo...
Só não quer dizer Lúcifer, porque Lúcifer é como se chama fósforo aqui (a galera aqui nunca ouviu falar que quando você diz o nome do cão ele dá um passo em sua direção? ainda bem que já disse tanto que ele deve ter passado direto...).
Também não quer dizer Demo, porque isso é o ex-PFL.
Agora, aos dados:

Quando e onde: Bélgica, desde 1871
Teor alcóolico: 8,5% (agooooooooora!)
Sabor: de primeira achei meio forte (marnumdjiga!) e amarga para o meu delicado paladar. Depois da primeira, você muda de opinião e é aí que mora o perigo.
Preço: cara, mas convenhamos que você vai precisar de bem menos garrafas pra ficar zuzubeim...

Pra encher a cara e... o cão... foi quem butô... pra nóis bebê...

sexta-feira, 14 de março de 2008

Minha primeira palestra

Eu ainda tô terminando meu curso de restauro. Como trabalho final do curso, Tinoco me pediu pra fazer um artigo comparando as obras de restauro daqui com as do Brasil.
Daí eu escrevi para o professor da Universidade de Delft que conheci no Seminário Internacional em Recife, pedindo uma ajuda, tipos literatura ou legislação que me ajudem a entender mais como as coisas funcionam aqui.
Em um e-mail muito simpático (mentira, o e-mail foi curto e grosso, mas ainda bem que ele me mandou um outro mais legal depois) ele me encaminhou um cartaz de uma série de debates sobre restauro que vão rolar na TU Delft nesse mês e no ôto.
Mão na roda! Daí ontem fomos tentar ver o tal debate. Pra isso, pegar trem pra Delft, da estação pegar um ônibus pra universidade. Foi a maior correria, pois as ruas da Univ tão em obras e a parada de ônibus onde achávamos que íamos pegar o busão na volta estava desativada.
A gente não podia pegar o mesmo bus que pegamos na vinda, pura e simplesmente porque Delft é provinciana pacarai e, caros amigos, o tal ônibus deixa de passar depois que acaba o horário de aulas. Daí corremos, corremos e não achamos a parada pra volta. Resolvemos deixar pro fim da palestra mesmo. O que é um peido...
Aí chegamos na sala onde o evento estava marcado. Entramos, tranqüilo...
Daí fala marido: o slide está em holandês. Não era pra ser em inglês?
Eu: putz, não é possível. O cartaz tava em inglês e po, Paul sabe que eu não falo holandês, que puta sacanagem!
Daí o mediador do debate começa a falar. Num inglês lindo, chega dava gosto. Mas foi só pra eu me aliviar e ele dizer: os debatedores escolheram apresentar em holandês...
Tinha muitos outros estudantes internacionais lá e só se ouviu um "aaaaaaah" de decepção.
Daí eu e marido nos retiramos, porque eu posso até estar féra-nenêm e ter traduzido um textinho pra vocês, mas palestra em holandês num rola néam?
E a droga era pra ser em inglês, que é a língua oficial do mestrado lá. Depois que saímos, duas outras pessoas caíram fora também.
Corremos e conseguimos pegar o último ônibus provinciano de volta pra estação.
Saldo: zero primeira palestra, €20 jogados no lixo.
Mas como pupila de Pollyanna eu sou, ainda vi um lado bom... Pelo menos eu vi a biblioteca do Mecanoo, linda linda. Gata mesmo, pessoal.
Só que com a correria, nem foto tirei. Da próxima vez eu tiro.
Sim, porque vou tentar de novo. Torçam aí pros próximos saberem falar inglês!

quarta-feira, 12 de março de 2008

De kinderen ou as “quianssa”

Os holandeses procriam muito. Mais que a maioria dos países europeus. Aqui é bem comum ver famílias com 2 ou 3 crianças (em muitos países por aqui, a média é de menos de 1 criança por família).

Daí, é bem comum na rua você ver as famílias inteiras passeando nas ruas, em bicicletas e em carrinhos de bebê, só que aqui eles levam crianças de 3, 4 anos ou mais em carrinhos. Preguiça de esperar a criança caminhar... tsc, tsc...

Nas bicicletas, é uma graça. Tem um tipo de bicicleta com um balaio na frente, pra eles levarem os menorezinhos. Os maiores vão na garupa. Dá pra carregar a filharada inteira numa bixcreta só.

O melhor é quando tá bem frio. O balaio fica coberto com uma capa, assim como os carrinhos. Dentro você só vê aquele “pacote” que consiste do bebê mais 57 camadas de roupa. Mal se mexe. Se não fosse pela carinha rosada (queimada de frio), dava pra achar que é um boneco. Me dá uma aflição danada, imagina eu mãe aqui, ia sempre ficar com medo de o bebê não estar suficientemente aquecido e o balaio ia acabar virando uma sauna.

Esses métodos de transporte permitem que eles facilmente levem os pirras pra passear. Faça chuva ou faça frio (o sol não faz muita diferença), lá estão eles passeando.

Além da filharada nativa, tem também a árabe. Suuuuuper comum ver mamães com lenço na cabeça e uma penca de menino. Mas esses eu não vejo muito em bicicleta não, apesar de terem aderido ao carrinho pra bebês gigantes.

As crianças holandesas em geral são lindas, loiras e... sujas.

Gente, como pode? A criança tá com o nariz escorrendo, a mãe assoa com a mão e limpa no casaco do pirra.

Sem falar nos cabelos. Aquele cabelo liso, tipo escorrega-piolho, fica duro que só vendo. Tiram o gorro e o cabelo permanece na forma em que estava. Acúmulo de sebo e gel (eles adoram gel, os meninos quase sempre andam de cabelo espetado). Daqui a pouco, não precisam mais usar o gel, o cabelinho fica tão duro que dá pra moldar direitinho a forma que eles querem e nem o vento daqui tira do lugar.

Também é bem comum ver os pais dando rela nos filhos. Pense na moral! Até eu fico com medo. Dá um apertão no queixo do menino e agora-num-fique-queto-não! Brabeza... ou frieza... vai saber...

Segundo informações de Mila, que tá fazendo baby-sitter, as crianças dormem “amarradas”. Tipo, num saquinho de dormir, mas que prende os bracinhos sabe? Minino, acho que a gente dá muita liberdade pras nossas crianças, ou a galera aqui é que anda muito cheia das disciplinas?

Ainda segundo Mila, a mãe faz massagem no bebê com óleo, depois passa água e tá dado o banho! Acho que aqui não rola aquele fascínio pelo cheirinho de bebê.

Mas como diria Pollyanna, tudo tem seu lado bom. Ser mãe aqui permite que você compre as coisinhas maaaais fofas pros filhotes... aiai...

domingo, 9 de março de 2008

Menu de Brebotos - SHOARMA

Eu ia começar pela adorada batata, mas a foto que fiz não ficou boa e eu decidi, com enorme pesar, comer fotografar de novo pra poder mostrar melhor. Tudo em nome da boa informação.

Então, vamos começar com uma tradicional comida holandesa turca, muitíssimo apreciada pelos holandeses (eles podem até não gostar dos imigrantes turcos, mas da comida deles... mas isso é assunto pra outro post).

O shoarma é um sanduíche de carne de carneiro (bem gorda), em pão sírio. Acompanham uma salada (repolho e alface eu sei que tem, o resto é difícil de identificar) e um molho SUPER picante, mas delicioso, à base de iogurte.

A carne de carneiro fica prensada num espeto, sendo constantemente aquecida, por conta da gordura. De lá, é cortada e assada numa frigideira para servir no pão.

Também acompanha o shoarma o ótimo ambiente da padaria familiar turca onde compramos, de uma família tão grande que quase nunca encontramos a mesma pessoa atendendo, e olhe que a gente vai muito lá. O som ambiente passa por música tradicional árabe a um house - árabe - impagável.

A porção servida é gigante. Nunca consegui comer um inteiro. A pimenta é tão forte que no meio da refeição eu não sinto mais gosto de nada. Ainda bem que até o meio o gosto faz valer a pena.

Pra mim, se esses turcos tivessem mais visão de mercado, fariam um “shoarma baby”, menor e com menos pimenta, pra pessoas fraquinhas que nem eu.

sexta-feira, 7 de março de 2008

De eten

Além do menu de cervejas, pretendo também iniciar um menu de petiscos/ lanches que a gente tem comido aqui. Vai ser bem menor do que o de cervejas, provavelmente. Isso porque a gente é liso e comer fora aqui é caro. Ou então porque nossas prioridades são meio “tortas” e a gente prefere gastar dinheiro com cerveja quando sai.

De qualquer forma, como na hora de comer sempre tem que ter um breboto, vou abrir essa “série”.

Mas antes, vou discorrer (super academicamente) sobre os hábitos alimentares dos nativos dasolanda.

Pra isso, vou copiar um texto do meu livrinho de holandês (que eu já consegui ler e traduzir sozinha):

Os holandeses comem no café da manhã e no almoço geralmente pão, fatiado e com manteiga. Sobre a manteiga eles colocam queijo e embutidos de carne ou geléia, um tipo de doce granulado (parece nosso chocolate granulado) e outros doces. Nessas refeições eles tomam chá, café ou leite.

No jantar é que eles comem refeição quente: vegetais e batatas com carne ou peixe. Às vezes eles também comem macarrão ou arroz. Nessa refeição eles tomam água, vinho ou cerveja.

Depois as pessoas ficam surpresas porque os holandeses em geral são magros... Eles não comem!

Quando cheguei aqui e soube que eles não almoçavam (coisa que nós aderimos aqui em casa), pensei que fossem em geral os adultos, que trabalham fora, por praticidade e tal... Mas é cultural mesmo, até as crianças passam o dia com lanches e só comem mesmo de noite. E só às vezes comem arroz ou macarrão, no geral os pratos deles são acompanhados só de batata (as adoradas batatas, quase tudo aqui é à base de batata...) ou salada.

E apesar de comer muita porcaria, comem em pouca quantidade, pelo que pude ver. E também não têm costume de beliscar enquanto bebem.

Bem, talvez seja legal não sofrer de compulsão alimentar e ser magrinho e tal...

Mas o que acontece com o prazer de comer?


* E sobre o post anterior, da burocracia... Parece que eles se aperceberam da idiotice da coisa toda, já liberaram o documento (em menos de 1 semana) e já tá tudo resolvido. Agora é esperar pela próxima anta.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Menu de Cervejas - DOMMELSCH

Quando e onde: Holanda, desde 1744
Teor alcóolico: só 5,0% (tô cansando dessas cervas fracas...)
Sabor: praticamente uma Skol!
Preço: Barata, só €2,70 um pack com 6 latas.

Pelo acima demonstrado, dá pra sacar que é a cerveja que eu mais bebo aqui né? Barata e gostosa... Mas ainda tem muita coisa pra provar. O sacrifício prossegue...

domingo, 2 de março de 2008

Os ventos do norte não movem moinhos?

Gente, não só movem (rá, novidade hein?), como fazem um barulho desgraçado quando você tá tentando dormir de noite, fazendo você achar que eles vão arrancar teu prédio e você vai acordar na terra de Oz. Mas aqui (graças!) não é o Kansas e o prédio aparantemente está intacto.

Já lá fora... primeiras observações constatam árvores caídas e telhados quebrados. O vento consegue fazer também bicicleta dar ré, entre outras estripulias.

Fora que ontem estava chovendo, daí já viu. Milhares de guarda-chuvas sendo levados diretamente para o Acre a terra dos guarda-chuvas perdidos.

E eu, me sentindo super magra, sendo arrastada pelo vento. Tudo tem seu lado positivo...