quinta-feira, 1 de maio de 2008

Dia da Rainha

Ontem foi o Dia da Rainha (Koninginnedag) aqui na Holanda. É um feriado nacional que celebra o aniversário da dita-cuja. A atual rainha, Beatrix, na verdade nasceu no dia 31 de janeiro, mas como é ruim um feriadão em pleno inverno, ela escolheu que a celebração continuasse no dia da mãe dela, 30 de abril. Supostamente é primavera, mas o tempo estava fechado e com aquela chuva chata da qual sempre reclamo.

Nesse dia (ao que parece, o único feriado na Holanda de conotação nacionalista), os holandeses hasteiam a bandeira nacional em suas casas e saem nas ruas usando a cor do país, o laranja. Geralmente rola uma festa de rua e o tradicional mercado de pulgas, ou mercado livre. Como os holandeses têm mania de juntar tralha, neste dia eles armam suas barracas e botam tudo à venda. Todo mundo é autorizado a vender suas coisas, sem que sejam cobrados impostos sobre isso.

Também rolam parques infantis e apresentações musicais. Na noite anterior, conhecida como Noite da Rainha, rolam grandes festas de rua em Haia.

No dia em si, a maior concentração de pessoas é em Amsterdã, embora Haia e Utrecht também atraiam muita gente.

Nós decidimos passar o dia em Leiden. Eu queria ver como era uma festa de rua aqui. Lamento pesorosamente (ai, drama queen). A festa aqui é o dia da morgação nacional.

Tá, rola gente fantasiada e tal. Tá, rola palquinho com dídgêi (sofrível). Rolou até uma bandinha marcial, que toca em lembrança ao dia da libertação da Holanda na II Guerra.

Mas é muuuuuito parado. É engraçado ver as crianças vendendo suas tralhas, com as carinhas pintadas e gritando feito feirantes (feirantes de outros lugares, porque na feira daqui só tem um ou outro que grita). Mas não empolga muito.

Legal mesmo é o mercado livre. No meio de toda a tralha que o povo leva, tem muuuuita coisa legal, fiquei cheia de vontade. Imagina como deve ser o mercado em Amsterdã, que é pra onde as pessoas com juízo vão.

De resto, fiquei feliz porque, pela primeira vez, pude comprar cerveja numa barraca e beber na rua. Nem no carnaval eu consegui essa proeza...

As crianças e suas tralhas

Eu e a cerveja

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